Batem à Porta | Selo Shyamalan de qualidade
O mais novo filme de M. Night Shyamalan – Batem à Porta (Knock at the Cabin) traz uma família em suas férias, em que a filha e seus dois pais são feitos de reféns na cabana por um grupo de estranhos que fazem uma exigência absurda para evitar o apocalipse.
Além de diretor, Shyamalan também é um dos responsáveis pelo roteiro e pela produção do filme, que é uma adaptação do livro O Chalé do Fim do Mundo, de Paul Tremblay. O autor, bem como eu, mostrou-se bastante satisfeito com o resultado final.
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Vale a pena assistir?
Se você leu a pergunta e não sabe responder, volte duas casas. O histórico do cineasta é repleto de sucessos. O meu preferido, Fragmentado (2016).
Mesmo um elenco ótimo com nomes como Jonathan Groff (Hamilton), Dave Bautista (Guardiões da Galáxia) e Rupert Grint (franquia Harry Potter), o filme se destaca principalmente pela tensão que roteiro e trilha sonora juntos proporcionam. O foco aqui não é nas grandes performances do elenco, mas sim na ambientação claustrofóbica e na história contada, deixando ainda assim algum espaço para entendermos a essência e necessidade de cada personagem, da mesma maneira que se possibilita a criação natural da relação espectador-personagem-dilema, que abraça tudo de um jeito que creio que poucos nomes conseguiriam executar com tamanha maestria. Um desses poucos se chama M. Night Shyamalan.
“Não gosto de terror…”
Batem à Porta não é um filme de terror, mas um suspense tão bem escrito, em meio aos seus simbolismos, que prende o espectador na cadeira, no sofá, ou onde quer que esteja assistindo. Também não se preocupe com os tais simbolismos. Shyamalan parece ter a consciência de que quer que todos saiam das salas de cinema entendendo o filme. Ele se explica sem rodeios, explodindo a cabeça de alguns e confirmando as teorias de outros.
A história no geral não escapa de uma certa previsibilidade, mesmo para quem não leu o livro (como eu). Contudo, isso pouco atrapalha a qualidade final do filme, muito menos a experiência de assisti-lo nos cinemas. E garanto que valerá cada centavo investido e cada minuto gasto.
Uma dica: Não assista ao trailer. Recomendo uma experiência crua. Tornará o filme mais impactante e o suspense potencializado.