CríticasFilmes

Fale Comigo | Crítica

Fale Comigo é o novo terror da Diamonds Films que estreou nos cinemas dia 17 de agosto. Com uma história sem furos o filme promete assustar e perturbar os amantes do gênero.

A convite da Diamonds Films conferimos o filme na segunda-feira (07) em um mega evento de pré-estreia para jornalistas, influencers e tiktokers. A pré proportional uma recepção incrível com ativações para nos conectar ainda mais com o filme, além de um coquetel incrível após a sessão.

Conjurar espíritos tornou-se a última moda nas festas locais e, procurando uma distração no aniversário de morte da mãe, Mia (Sophie Wilde) está determinada a participar da trend. Mas não demora muito até que a brincadeira tome um rumo extremamente perigoso quando um deles acaba indo longe demais e, por acidente, abre uma porta para o mundo espiritual.

Carência do gênero

Nos últimos tempos, tem sido evidente a ausência de filmes de qualidade no gênero do terror. Os lançamentos têm sido caracterizados por uma previsibilidade desconcertante, com tramas que seguem fórmulas batidas e sustos que parecem mais uma repetição do que uma inovação.

A falta de originalidade tem deixado os amantes do terror desejosos por histórias verdadeiramente instigantes, que explorem novas abordagens e mergulhem fundo no desconhecido. A esperança é que a indústria do cinema perceba essa lacuna e comece a investir em narrativas que revitalizem o gênero, entregando ao público experiências genuinamente assustadoras e inesquecíveis.

“Fale Comigo” potencialmente se sobressai no gênero do terror, não decepcionando os amantes do gênero. A trama envolvente prende com narrativa perturbadora e mistura convincente de terror e suspense. A película guia por 1h30 em atmosfera sombria, gerando agonia e surpreendendo com eventos imprevisíveis.

Clima sombrio e perturbador

O filme ‘Fale Comigo’ começa com uma atmosfera tensa desde o prólogo, estabelecendo imediatamente o tom sombrio que irá dominar a narrativa.

Mia (interpretada por Sophie Wilde) enfrenta diariamente os resquícios da perda de sua mãe, que ocorreu há dois anos. A jornada de lidar com o luto por alguém querido é uma batalha constante, cada indivíduo encontrando sua maneira única de confrontar a inevitável morte. Enquanto ela enfrenta a saudade cotidiana, fica evidente que o relacionamento com seu pai está longe de ser harmonioso.

Critica filme Fale Comigo

Imersa em um ambiente familiar desolador, Mia encontra refúgio na companhia de seus melhores amigos, Jade (interpretada por Alexandra Jensen) e Riley (interpretado por Joe Bird), que a acolheram como uma irmã. A profunda afeição e preocupação entre esses personagens são notáveis, conquistando imediatamente a simpatia da audiência na introdução.

Jade, mais velha que Riley, carrega o peso da responsabilidade pelo irmão, enquanto Riley, por sua vez, manifesta sua solidão e carência pela ausência materna.

Critica filme Fale Comigo 2

Cada um carrega suas próprias razões para sorrir e lida com suas próprias ausências, mas juntos eles encontram apoio mútuo para iluminar os dias sombrios. Entretanto, a reviravolta inesperada ocorre quando Mia decide seguir sua curiosidade, levando a uma transformação terrível e grotesca que muda completamente o rumo da história.

Não promete nada, mas entrega tudo!

Um filme que não prometeu nada mas entregou tudo, e ainda tira a nossa carência por filmes que nos deixam com medo.

Fale comigo cria um cenário tenso desde os primeiros minutos do filme e segue de forma cada vez mais intensa até o final. Consegue ampliar a agonia e ao mesmo tempo despertar o medo de quem assiste. Boa parte imprevisível o longa te suga para a estória e qualquer um se permite levar para descobrir até onde irá, você está disposto a seguir?

Criamos uma conexão com os personagens, todos possuem química na atuação e se completam em cada cena. Dois irmão com carência de carinho da mãe, uma adolescente que perdeu alguém que ama e luta contra depressão ? Assuntos em alta na atualidade, porém, acompanhado de dias nublados e uma passagem para o oculto que nunca acaba bem. A história dança com seus personagens e o universo criado para nos paralisar, e quando menos esperamos entramos na dança sem questionar. O terror está presente e não nos decepciona, nos deixa de cabelos em pé e perturba a cada acontecimento. 

Com certeza este será o filme de terror do ano e outro título para bater de frente ainda esse ano será difícil. Quem se decepcionou com o mais recente “A Morte do Demônio”, assista sem medo, decepção não faz parte deste.

E lembre-se: cuidado!

Deixe uma resposta