Arlequina: Aves de Rapina | Crítica Sem Spoilers
Filme da DC é tudo o que Esquadrão Suicida deveria ter sido e bebe totalmente na fonte de Deadpool, divertindo pela comédia, impressionando pela ação e nos envolvendo pela trilha sonora.
Na história cinco mulheres acabam se cruzando e reúnem suas capacidades para acabar com o império de poder de um homem. Após Coringa e Alerquina terminarem, ela passa a se aproveitar do status de namorada dele mesmo os dois não estando mais juntos, enquanto ela lida com a dor do rompimento. Porém, quando ela dramaticamente decide seguir em frente e deixa todos saberem da separação, ela tem de lidar com várias pessoas perseguindo-a em busca de vingança agora que ela não está mais sob as asas do palhaço do crime. Margot Robbie segura o filme com total facilidade e se entrega totalmente ao papel. Alerquina é boa em improvisação, sabe lutar e é totalmente decidida em seus atos malucos, deixando claro que está longe de ser heroína. E se vê aqui até mesmo sombras pontuais da psicóloga analisadora de outrora.
Caçadora – Mary Elizabeth Winstead – é a personagem que tem a história de origem mais interessante quanto à relação com o vilão. Embora pouco aproveitada, a personagem tem um grande potencial. Sua motivação de vingança se aperta para ser contada no roteiro do filme, mas consegue convencer. Mary é um rápido equilíbrio entre a postura badass reservada e a comicidade. Quanto a Cassandra Cain – Ella Jay Basco – ela é o sistema motriz do filme. Uma garotinha doce especialista em furtos que leva para si um dos objetos de maior desejo do vilão da história. Ella Jay é, após Margot Robbie, quem mais se destaca na atuação. Em simples olhares ela consegue exprimir doçura e o equilíbrio entre sagacidade e inocência.
Aves de Rapina tinha tudo para ser simples e até mesmo tedioso. Mas é uma grande e positiva surpresa que merece ser conferida não só por cumprir sua proposta como pelas sábias decisões que toma para conduzir o enredo e florear a si mesmo.