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Borderlands | Crítica

Borderlands – Uma adaptação de videogame à risca que não funciona!

| Os Estranhos: Capítulo 1 – Crítica

A saber, o filme traz o videogame Borderlands para as telas do cinema. Ou seja, uma tentativa de elevar o universo dos jogos para as grandes telas, onde uma fora da lei se alia a um grupo inusitado por causa de uma menina que tem a chave para um grande poder.

Sinopse

Lilith (Cate Blanchett), uma infame caçadora de recompensas com um passado misterioso, retorna para o lugar onde cresceu, Pandora, o planeta mais caótico da galáxia. Sua missão: encontrar a filha desaparecida de homem mais poderoso do universo, Atlas (Edgar Ramírez). Lilith forma uma aliança inesperada com uma equipe de desajustados. Roland (Kevin Hart), um mercenário experiente em uma missão. Tiny Tina (Greenblatt), uma feroz pré-adolescente. Krieg (Munteanu), o protetor musculoso de Tina. Tannis (Curtis), o cientista excêntrico que já viu de tudo; e Claptrap (voz de Jack Black), um robô esperto. Juntos, esses heróis improváveis devem combater uma ameaça alienígena e bandidos perigosos para descobrir um dos segredos mais explosivos de Pandora. O destino do universo está nas mãos deles. O filme baseado em uma das franquias de videogame mais vendidas de todos

Videogame em excesso

Tratando-se de uma adaptação, é importante julgar o material de origem e o que foi apresentado. Não posso afirmar nada sobre a fidelidade da obra, pois não joguei o game, mas quando se assiste a Borderlands é certo afirmar que esse filme saiu de um game. Indiscutível.

E quando eu digo isso, é porque cada cena do filme mais parece uma grande gameplay (vídeo de pessoas jogando) do que um filme. Desde diálogos e narração, até figurinos e penteados. Além disso, até mesmo os cenários em cenas pouco importantes eram menos trabalhados, com gráficos que tiveram claramente menos tempo de dedicação da equipe em prol das cenas mais impactantes para a história.

Crítica Borderlands

No caso desse filme, a adaptação não deu certo como conseguiram fazer com as séries The Last of Us e Fallout. Ou como o filme Gran Turismo. O diretor Eli Roth (Feriado Sangrento) não consegue aqui tornar o filme dinâmico como um jogo. Ou seja, entrega um filme com menos de duas horas que parece durar muito mais. E isso inclusive prova o ponto de que utilizar recursos gráficos e narrativos de jogos em filme não são o suficiente para tornar a adaptação satisfatória, mas sim uma boa transposição da essência e da mensagem do jogo para outro formato. O que infelizmente não ocorreu com Borderlands.

Elenco

É impossível não se impressionar com os nomes desse elenco. Ou seja, Cate Blanchett, Jamie Lee Curtis, Ariana Greenblatt, Florian Munteanu, Kevin Hart e Jack Black, e Édgar Ramírez. E é impossível não se impressionar também com o mau aproveitamento de todos aqui.

O esforço é nítido e louvável, mas todos, sem exceção, estão presos dentro de personagens rasos e pouco desenvolvidos pela história. Os destaques (negativos) vão para Cate e Égdar. A protagonista e o antagonista do filme que deveriam, em teoria, construir um relacionamento de rivalidade instigante de ser assistido, mas que termina em uma mulher cheia de falas prontas e um vilão sem motivação ou minimamente ameaçador. É uma pena, de fato, principalmente para Cate que se dedicou muito para esse filme, jogando até mesmo os games.

Em suma, é divertido em alguns poucos pontos, mas não compensa tanto assim no fim do dia.

Borderlands já está disponível nos cinemas!

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