AD Astra – Rumo as Estrelas | Crítica
AD Astra – Rumo às Estrelas nos leva ao espaço de uma forma lenta, traz um drama familiar explicado no decorrer do filme e um visual incrível que infelizmente não consegue deixar o filme menos cansativo.
Filmes com a temática espaço (com exceção de Interestelar), costumam ser bem cansativos devido ao desenvolvimento, e neste não é diferente.
“As respostas que procuramos estão fora do nosso alcance.”
Drama familiar além da terra …
Roy McBride (Brad Pitt) é um engenheiro espacial que decide empreender a maior jornada de sua vida: viajar para o espaço, cruzar a galáxia e tentar descobrir o que aconteceu com seu pai, um astronauta que se perdeu há vinte anos no caminho para Netuno. Roy segue tal profissão devido os caminhos de seu pai, profissional completamente dedicado. Para tal cargo é necessário total dedicação e controle emocional, sendo necessário até mesmo não ter envolvimento pessoal ou familiar.
O engenheiro durante os anos de sua vida se privou de pessoas e de momentos que poderia ter, porém, em sua missão para saber o que aconteceu com seu pai, Roy começa a se questionar sobre todas as suas decisões e todas as vezes que se isolou. Tais feitos foram por seu próprio desejo, ou algum rancor pelo pai que o levou às suas escolhas?
O universo que salva …
Para a sua missão secreta, Roy precisa realizar um caminho com certas paradas no espaço. O personagem chega a ir até a Lua, Marte e Netuno fazendo um tour e nos trazendo imagens INCRÍVEIS! Assisti ao filme em uma sala IMAX e preciso confessar, fiquei completamente boquiaberto com as cenas no espaço. Tais cenas foram as únicas que me mantiveram com total atenção a tela gigante.
O tour que Roy faz entre a Terra, Lua, Marte e Netuno trazem imagens incríveis e de tirar o chapéu, impossível não admirar tamanha beleza ao ponto de me fazer questionar: será que realmente é assim? Porque se for, que coisa magnífica de se ver, trabalho incrível realizado por todas as pessoas envolvidas para aquela perfeição.
Mesmo com toda aquela “lentidão” devido a gravidade, impossível não se impressionar e apreciar as cenas.
Os filmes de espaço e sua “gravidade”
Por que será que boa parte dos filmes que se passam no espaço são cansativos? Muitas vezes até filmes com ótimas histórias, mas com uma narrativa tão desinteressante?
AD Astra até tem seus momentos de BOM, mas não são o suficiente para tornar o filme completamente atrativo. Nem mesmo o nosso belo Brad Pitt consegue tornar o filme mais interessante, deixando até mesmo de lado o talento do ator (que já conhecemos). O filme tem uma boa história pra contar, mas falha em sua narrativa, filme extenso com desenvolvimento lento e pouca “agitação” = sono/tédio.
Assim como boa parte dos filmes do gênero, a narrativa acaba cansando quem assiste aos filmes. Claro que é considerável a ideia que as produções querem passar de “realidade”, mas usem isso com as situações no espaço e não em todo o desenvolvimento do filme.
Para quem gosta do gênero, AD Astra é o pedido certo, ainda mais em uma sala IMAX. Agora para que não é muito fã de filmes no espaço, creio este não ser uma boa indicação para ver no cinema. O filme traz imagens lindas para admiração, tem uma boa história, mas a narrativa é cansativa.