Mickey 17 | Crítica
Mickey 17 – Bong Joon-Ho se arrisca mais uma vez na ficção!
Mickey 17 conta a história de um homem que se candidata para ser um Descartável em uma expedição espacial liderada por uma figura política questionável. O cargo de Mickey faz com que ele passe por diversas mortes terríveis, até que a sua décima sétima versão desencadeia um evento problemático que pode colocar em risco a sua própria segurança no sistema.
A história
Não é a trama mais inovadora dos últimos tempos. Fato. Contudo, ainda é suficientemente interessante para prender a atenção na maior parte do tempo. Surpreendendo em alguns pontos e decepcionando em outros, Mickey 17 parece encontrar um estranho equilíbrio entre superar e ficar abaixo das expectativas ao mesmo tempo.

O modo de contar a história divertido, bem humorado e cativante pela mitologia futurística e espacial que se apresenta com um contexto e crítica política muito fortes e de fácil entendimento. Ainda assim, há um descompasso no ritmo do filme que o torna ligeiramente cansativo em alguns momentos. O filme oscila e cria “barrigas” durante seu desenvolvimento que pouco agregam.
Pattinsoooooon!
Esse filme tem um grande nome estampando seus pôsters. E Robert Pattinson faz jus ao protagonismo múltiplo exigido. Acho sempre curioso assistir a filmes do tipo, quando um ator interpreta personagens de diferentes personalidades. Mostra a extensão que o artista consegue ter, como visto em “Onde Está Segunda?” por exemplo. E Robert mostra o motivo de ser hoje um grande nome da indústria cinematográfica ao dar vida a mais de uma versão de seu personagem.
Texto vs. Audiovisual
É um filme que tem como foco a sua mensagem crítica, mas que não deixa de lado os elementos deslumbrantes quando precisa. As criaturas nativas muito bem trabalhadas em termos de efeitos visuais. São realmente um ótimo trabalho.
Todavia, o encantamento visual nem sempre consegue mascarar as conveniências de roteiro que são utilizadas para dar andamento ou fechar arcos da história. O que não precisaria ser feito caso o filme apresentasse um desenvolvimento mais objetivo ao invés de brincar com a comicidade de situações abordadas. Importante destacar ainda que o humor ácido funciona na grande maioria das vezes, mas o ponto é que esse nem sempre pode ser um artifício válido para ser usado como “tapa buraco”.
No geral, Mickey 17 é uma obra divertida, com falhas e acertos. Não a melhor obra do diretor, mas também está muito longe de ser considerado um fracasso.
Mickey 17 estreia dia 6 de Março nos cinemas.
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