A Baleia | Crítica
Incrível como um filme pesado, relacionado à doença e morte, renasceu a carreira de Brendan Fraser! Debutado essa semana, o longa ‘A Baleia‘ traz consigo uma trama complexa, reflexiva, pesada, forte e de tabela uma ótima atuação de seu protagonista.
Charlie (Brendan Fraser) é um professor que está em uma condição de obesidade mórbida. Ele da aulas com sua câmera desligada, por conta da vergonha em aparecer para os seus alunos. Com esse breve enredo, aparenta ser uma trama rasa sobre uma pessoa que tem problemas com comorbidade.
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Porém, o filme é muito mais denso do que isso. Charlie largou seu casamento para viver uma aventura do lado da pessoa que ele realmente amava, um garoto que por ventura era seu aluno. Largar o casamento teve a causa efeito de sua ex esposa não permitir contato com sua filha, que cresceu sem ver o pai.
DIAS INTENSOS
O longa apresenta uma contagem de dias, pra situar o expectador de que o protagonista está com os dias contados, então realmente seus últimos dias são bem intensos. Por conta disso, o filme desenvolve várias camadas acerca dos fatos mais importantes da história do Charlie. Além disso, os personagens secundários são extremamente importantes para história: Um missionário que acredita que pode mudar espiritualmente a vida o protagonista, a sua enfermeira que vem a ser também ex cunhada, e a sua filha que volta a ter contato com o pai – por conta de dinheiro.
Sem aprofundar demais, debates relevantes sobre a salvação ou perdição da religião na vida das pessoas, assim como a relação parental também. Chega um momento em que esses núcleos distintos colidem e chegamos ao clímax.
Dito isso, temos um final bem emocionante e condizente com o que foi apresentado em tela. Entretanto, haverão pessoas que irão taxar ‘A Baleia’ como um simples filme de obesidade, ou de abandono de filha. Todavia, como já dito anteriormente, Aronofski entregou algo bem mais complexo do que isso.
Por fim, se isso não for convincente o suficiente, então vá assistir pela atuação do Brendan Fraser. Digna de Óscar, simplesmente!