Alien: Romulus | Crítica

Alien: Romulus – Álvarez flerta com terror e ficção!

| Clube dos Vândalos – Crítica

Mais um filme da franquia Alien, este se passando cronologicamente entre o primeiro e o segundo filmes. Agora trazendo a história de uma jovem mulher que, junto de seus companheiros vão saquear os equipamentos de uma nave sucateada. Mas eles não sabem os perigos que os aguardam lá dentro.

Sinopse

Neste thriller de ficção científica e terror, retornamos às raízes da franquia de sucesso ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO (1979), e agora, enquanto exploram as profundezas de uma estação espacial abandonada, um grupo de jovens colonizadores espaciais se depara com a forma de vida mais aterrorizante do universo.

Um abraço à ficção científica

O filme traz uma proposta um pouco diferente dos outros filmes da franquia. Enquanto os anteriores trazem uma proposta mais ligada à ganância e ao desejo de poder e conhecimento do ser humano como formas de inserir os personagens no caminho dos monstros, aqui a vertente tem uma viés mais social e político e, consequentemente, mais atrativo tanto pela originalidade dentro da franquia quanto pela sua boa execução.

Por consequência dessa escolha de narrativa, o filme apresenta um primeiro arco um pouco mais lento que o habitual, mas que compensa com uma ótima trilha sonora e design futurista na jornada espacial dos personagens. Personagens estes que conseguiram ser bem desenvolvidos em termos de personalidade e papel na história.

Aliás, meus aplausos à verossímil falta de som no espaço.

Elenco

O elenco pequeno é um grande ponto positivo do filme, uma vez que cada personagem tem um papel a cumprir dentro da narrativa. Ninguém sobra ou é descartado de maneira leviana. E o elenco segura bem essa responsabilidade.

Mesmo Cailee Spaeny (Civil War) sendo a protagonista e fazendo muito bem a sua personagem, de forma que o público se apegue o suficiente à ela para se preocupar com a sua segurança de fato, a verdadeira estrela do filme é David Jonsson. O ator interpreta o irmão da personagem de Cailee. Jonsson apresenta uma figura de várias nuances dentro da história, com algumas reviravoltas e revelações que surpreendem em gesto, falas e expressões.

O acerto de Álvarez

A estética desse filme é de fato interessante. Ao mesmo tempo em que abraça o design futurista, também resgata muito da tecnologia vista nos primeiros filmes da franquia. Algumas cenas no espaço são um pouco mais escuras que o necessário, mas que a sensação de não ver nada passa rápido o suficiente para não incomodar.

O diretor Fede Álvarez, com seu histórico no terror, utilizou bem da atmosfera do gênero com uma fotografia e trilha sonora intensas, instigantes e misteriosas. Um ótimo trabalho de jogo de sombras e iluminação para provocar o espectador a procurar pelo perigo em todos os cantos.

Não é o melhor filme da franquia, mas de fato muito divertido e vale muito a pena o ingresso.

Alien: Romulus estreia dia 15 de Agosto em todos os cinemas.