Barbie | A boneca está fora da caixa, e sabe brincar muito bem!
Barbie estreia dia 20 em todos os cinemas brasileiros!
Certamente você já ouviu falar de alguma Barbie em algum momento de sua vida. Qual delas? Não importa. Mas fato é que seu sucesso transcendeu gerações, e esse ano ela ganhará sua versão live-action como um dos filmes mais aguardados de 2023 na tentativa de conquistar públicos de diferentes nichos com um balanceamento de comédia e drama para retratar o contraste entre as sociedades que vemos no filme: A do mundo da Barbie, e a do mundo real.
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Margot Robbie e Ryan Gosling
O elenco é composto por tantos nomes que ficaria difícil nomear a todos, mas é impossível não ficar impressionado com o casal protagonista. Se há pessoas que dizem que Margot Robbie nasceu para interpretar Arlequina, após esse filme talvez haja uma mudança no pensamento. Aparentemente, Margot nasceu para fazer várias personagens queridas com perfeição, impressionando com sua naturalidade para a comédia, mas também com seu já conhecido dom para o drama. Não poderiam ter escolhido uma atriz melhor.
O mesmo pode ser dito a respeito de Ryan Gosling, o astro transborda carisma constantemente. Para quem já assistiu Dois Caras Legais, talvez já esteja familiarizado com excelente lado cômico do ator, que evoluiu e casou perfeitamente com o roteiro. Sem a menor dúvida Ryan é um dos grandes destaques de todo o filme.
Do caricato à crítica social
Todos os trailers divulgados esbanjam o visual caricato. E o que inicialmente parecia algo que poderia vir a se tornar um incômodo, transforma-se na verdade em um trunfo original de Barbie, que mergulha e explora sem medo e com muita graça todos os exageros tanto de cenário quanto de atuações. Poucos filmes conseguem fazer isso, talvez por limitações de roteiros e personagens de suas narrativas. Aqui isso não é um problema.
E, mesmo quando são abordados os assunto sociais que demandam seriedade, o filme se permite utilizar do talento de Margot Robbie para transmutar o roteiro de uma comédia para um drama, ou vice-versa, em questão de poucos minutos sem perder seu foco. Sendo assim, Barbie consegue abordar a problemática do machismo e do patriarcado de maneira única, e entregar um show de sororidade através da perspectiva da boneca “ideal”.
Arcos secundários
Com uma gama gigantesca de artistas em tela, é compreensível e aceitável que muitos deles tenham pouca participação. Contudo, há outros personagens dentro da narrativa, e fundamentais para ela, que são preguiçosamente desenvolvidos pelo roteiro. Relações interpessoais que não conseguiram ser devidamente apresentadas ou concluídas, mas que poderiam agregar muito ao filme se olhadas com mais cuidado. Barbie é a protagonista, mas há momentos que outros personagens poderiam ter contribuído melhor, uma vez que Margot está bem longe de ser a única ali. E ressalto ainda que isso sequer seria um problema se o roteiro de fato não tentasse focar em arcos secundários, mas, uma vez que tenta, falha.
Vale a pena?
Figurinos admiráveis e dignos de premiações. Design gráfico lindamente detalhado. Trilha sonora divertida como o filme, ainda que sem músicas muito marcantes, tem uma canção maravilhosa de Ryan Gosling. A lista pode continuar, mas o que importa no fim do dia é o saldo. Aqui, positivo.
Barbie entrega tudo o que promete, sendo uma comédia totalmente descompromissada e caricata que diverte ao extremo. Contudo não é tão bom quanto de fato vem repercutindo nas mídias. Se minha dica vale de alguma coisa, a minha sugestão é de que é melhor assistir aos trailers antes do filme, porque o marketing conseguiu transmitir bem a proposta do longa. Caso os trailers agradem, eu desejo um bom filme a todos.