Código Preto | Crítica

Código Preto – Espionagem de Soderbergh acerta aos tropeços!
| MMA – Meu Melhor Amigo – Crítica
Uma companhia de agentes secretos precisa lidar com uma traição que pode trazer graves consequências. Contudo, em uma empresa onde todos são mentirosos, encontrar o culpado pode ser uma tarefa mais complicada do que se imagina.
Amarração sem pontas soltas
Código Preto, um filme de espionagem precisa saber contar a sua história de forma a deixar o telespectador curioso e intrigado com o que vê, de forma a tornar sua história engajante. Código Preto traz uma abordagem calma e investigativa para o gênero. Sem ação, e sem necessidade de ser, o filme trabalha seu núcleo de personagens principais bem o suficiente para contar a história, mas nada além, uma vez que o filme de 90 minutos consegue ser bem objetivo, sem querer criar rodeios sem sentido.

Ainda assim, o filme peca em alguns pontos. Ao passo em que ganha pela simplicidade da proposta e sua boa execução no geral para tal, a sua constância de ritmo é um problema, uma vez que entrega um final anticlimático para uma história bem contada. Por isso, acho a duração do filme aceitável, mais que isso tornaria o filme desgastante e perderia mais ainda a sua essência.
Elenco
Bons nomes compõe o núcleo principal desse filme. Michael Fassbender e Cate Blanchett são, contudo, protagonistas que destoam entre si. Se por um lado vemos uma Cate misteriosa e confortável enquanto espiã, pelo outro vemos Michael apático e aparentemente preso dentro de um papel que não o veste muito bem.
Ainda assim, quem rouba a cena é Marisa Abela. Os coadjuvantes não são tão explorados no filme, mas Marisa consegue surpreender com o pouco tempo de tela que tem, tornando-a uma das personagens mais interessantes de se assistir no filme.
BREU!
Há, claro, detalhes técnicos que não podem passar despercebidos. A fotografia opta por um jogo de luz e sombras que fica escuro demais em muitas cenas, tornando o filme difícil de ser enxergado literalmente. A iluminação usada para esse contraste de sombras não traz a energia misteriosa e erudita aparentemente almejada. É simplesmente estranho.
Quanto à trilha sonora… não é ruim até certo ponto. Quando se analisa um cena qualquer isolada, é uma trilha que agrada muito. Contudo a, novamente utilizando a palavra, “constância” sonora torna o filme monótono sonoramente, sem construção de clímax e momentos que se diferenciem uns dos outros.
É um bom filme, apesar de tudo. Tem seus tropeços, mas está longe de ser um fiasco.
Código Preto estreou no dia 13 de Março nos cinemas!
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