Exhuma | Crítica
Exhuma é um dos se não o melhor longa de Terror sul coreano já lançado até então!
| Tipos de Gentileza – Crítica
“Graças a Jang Jae-hyun, que dirige esse longo cinema de terror coreano, tem ganhado destaque nos últimos anos. Sendo assim, explorando temas universais como o medo da morte, do sobrenatural e tudo que se esconde atrás da psique humana. Contudo, aqui temos uma perspectiva cultural única, que costuma combinar elementos tradicionais, contemporâneos e, claro, lendas do folclore coreano, que se ligam aos elementos do horror ocidental. Todo esse amálgama se conecta e acaba criando uma atmosfera única.”
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A Trama
Em Exhuma, a trama tem início nos dias atuais, apresenta ao público como crenças e tecnologias se conversam. Enquanto apresenta os núcleos e personagens que serão centrais na trama: uma jovem dupla de xamãs, Hwa Rim (Kim Go-eun). Bong Gil (Lee Do-hyun), que, ao tentar realizar um procedimento xamânico, sentem uma estranha presença de um antigo espírito familiar. Ao buscarem auxílio de um antigo geomante, Sang Deok (Choi Min-sik), e de seu amigo, um experiente agente funerário, Yeong Geun, decidem que exumar o corpo desse familiar é o melhor caminho para realizar o “exorcismo”.
Contudo, ao partirem para a exumação, acreditando que poderão se livrar do espírito, se deparam com um lugar sombrio que logo desencadeia horror e drama que ultrapassam as expectativas, principalmente da parte do público que não está acostumado ao terror coreano, um terror principalmente voltado para o seu lado psicológico, o que se torna um caminho para que o longa, a cada cena, consiga se aprofundar ainda mais na psique dos personagens, explorando seus medos e traumas mais íntimos.
E graças à direção de fotografia do longa, que usa e abusa da estética visual, consegue criar uma nova fonte de tensão. Ou seja, com toda a imagem jogando todo o horror no rosto dos espectadores. Somado a uma trilha sonora que começa tranquila, mas aos poucos vai adentrando na psique do espectador até que este esteja tão horrorizado quanto os personagens que sofrem na trama.
Inédito?
Graças a uma atuação digna de honrarias, é fácil se conectar com todas as relações familiares e comunitárias que são apresentadas. Além disso, um tema frequentemente explorado em filmes de terror não só coreanos, mas do Oriente como um todo. O que aos poucos vai revelando laços e conexões mais profundos e os conflitos tão internos, que se misturam entre o psicológico e problemas familiares. Tudo isso somado à presença de espíritos e fantasmas, que já é um elemento comum no horror coreano, acaba representando todo um medo do desconhecido e das crenças em forças sobrenaturais, rituais e superstições.
Que podem parecer algo comum no cinema quando falamos de terror. Mas aqui, mesmo sendo de certa forma uma fórmula familiar, todos os rituais e superstições são coreanos. Ou seja, o que para grande parte do público é algo inédito e aqui desempenham um papel fundamental para a trama. Oferecendo explicações para os eventos sobrenaturais, com coisas físicas e espirituais. Ambientes claustrofóbicos, como casas antigas ou florestas escuras, são frequentemente utilizados para criar uma atmosfera de claustrofobia e aumentar a cada vez mais a sensação de perigo.
Em suma Exhuma é um dos se não o melhor longa de Terror sul coreano já lançado até então que aborda de certa forma de maneira inédita o terror familiar e psicológico ligando tudo isso ao mundo espiritual, e sem dúvidas uma ótima escolha para integrar o festival KOFF.
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