MMA – Meu Melhor Amigo | Crítica
“MMA – Meu Melhor Amigo“ espiritualmente como um Rocky Balboa brasileiro, trocando o boxe pelo MMA. A relação de amor, contudo, não é sobre um casal, mas sim sobre o mais verdadeiro afeto entre um pai solteiro e seu filho autista. O longa, protagonizado por Marcos Mion, narra a história de Max. Um lutador de MMA que precisa lidar com um desafio além dos ringues: a paternidade de um filho com espectro autista.
Ao aprender a amar seu filho incondicionalmente, Max embarca em uma jornada transformadora que o leva a redescobrir seus valores e encontrar um novo significado para a vida.
A TRAMA
A trama do longa apresenta uma premissa não inovadora mas muitíssimo interessante para o espectador. Então, explora a jornada de um lutador que já não está mais nos seus dias de gloria. Além disso, enquanto tenta se recuperar de uma lesão para mais uma vez impulsionar seu nome entre os maiores lutadores da atualidade, se vê obrigado a lidar com a paternidade inesperada, e toda essa combinação de elementos esportivos somado ao drama familiar e questões sobre identidade e propósito gera todo um potencial de gerar uma narrativa envolvente e emocionante.
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E a execução apresenta alguns pontos muito positivos como o tema que é extremamente relevante e atual que trata não só o autismo e seus níveis, mas todo o preconceito que pessoas que são diferentes do senso comum enfrentam todos os dias, e claro a forma como a paternidade lida com todos esses problemas. E o mais novo filme do diretor José Alvarenga Júnior gera uma identificação e reflexão muito grandes para o público, o conflito central que é a dualidade entre a carreira no MMA e a paternidade cria um conflito interessante, forçando o protagonista a fazer escolhas difíceis e a repensar seus valores.
O que facilmente pode ser substituído por uma mãe ou uma família tendo que dividir seu tempo entre trabalho. Além disso, obrigações domesticas, estudos e etc… enquanto tentam proteger seus pequenos de um mundo que nem sempre é gentil principalmente quando você é difere ao senso comum.
TRILHA SONORA
A trilha sonora combina elementos de música eletrônica e orquestral para criar uma atmosfera intensa e emocionante principalmente durante as cenas de luta. Contudo o longa ainda tras melodias mais suaves e instrumentais. Ou seja, utilizadas para acompanhar os momentos mais emocionais e introspectivos principalmente nos momentos mais íntimos de Max e seu filho Bruno.
A trilha sonora tem um papel fundamental em filmes como “MMA – Meu Melhor Amigo”. Já que só uma boa trilha consegue intensificar as emoções do público, criar a tensão necessária e claro complementar a narrativa criando uma identidade visual única que consiga desenvolver um amalgama entre som e imagem, e é exatamente isso que o público recebe em MMA: uma trilha sonora de tirar o folego tanto nos momentos de tensão como nas sequencias de luta que são repletas de um frenesi excepcional.
Em Suma …
Quando o publico volta sua atenção para a fotografia o longa consegue entregar justamente oque se pensa quando se imagina em MMA os posters, as imagens “saturadas” que são o ponto alto de todo o marketing exagerado de todo o ”mercado” de lutas como Boxe e MMA, e traduzir isso para os momentos mais familiares e urbanos, é sem duvidas algo que supera a expectativa do público como um todo.
Em suma MMA – Meu Melhor Amigo é um filme emocionante e inspirador. Encontra um equilíbrio entre os diferentes elementos da narrativa que abraça clichês de filmes antigos e já conhecidos do grande público. Uma representação profunda do autismo e um desenvolvimento consistente dos personagens secundários tornam o filme ainda mais impactante. Sem duvidas um longa que merece ser visto nas telonas.
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