O Telefone Preto | Crítica
A saber, dia 21 de junho estreia nos cinemas o filme “O Telefone Preto”. Conhecido pelo livro de terror homônimo do escritor estadunidense Joseph Hillström King mais conhecido como Joe Hill, filho de nosso querido Stephen King. O escritor começou sua carreira em 2015. Então, só 10 anos depois, após alcançar sua independência e sucesso; confirmou publicamente que era filho de Stephen e Tabitha King.
E após o sucesso do livro, agora direto para as telonas, O Telefone Preto tem roteiro e direção de Scott Derrickson. Conhecido por outros títulos como “O Exorcismo de Emily Rose” (2005) e “A Entidade 1 e 2” (2012/2015).
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Cabe aqui colocar que a crítica a seguir reflete minha primeira impressão do filme, sem qualquer influência do livro. Não há neste espaço comparações entre as obras, mas sim, impressões de um alguém que foi ao cinema e teve seu primeiro encontro com “O Telefone Preto”.
No filme, em 1978, uma série de sequestros estão acontecendo na cidade de Denver. Ethan Hawke interpreta o “Grabbler”, um serial killer que tem seu alvo crianças do bairro. Finney Shaw, um garoto de 13 anos, é sequestrado. Ele acorda em um porão, onde há apenas uma cama e um telefone preto em uma das paredes. Quando o aparelho toca, o garoto consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino, e elas tentam evitar que o Finney sofra o mesmo destino. Enquanto isso, sua irmã Gwen tem sonhos que indicam o lugar onde ele pode estar. Correndo contra o tempo para tentar ajudar os detetives Wright e Miller a ajudar o irmão, apenas para que isso não seja em vão.
Carga Emocional
O Telefone Preto de início nos apresenta seus personagens e toda a carga emocional necessária para nos apegarmos logo ao início do filme.
Finney, sofre diariamente na escola seja pela exclusão ou pelas surras que leva dos “valentões”, situação essa que ainda é “comum”. Sendo assim , quem nunca sofreu bullying, jamais irá saber o que é ter medo de sair de casa sem saber o que terá que enfrentar, ponto esse que me trouxe lembranças da minha infância em situações bem semelhantes.
Além disso, Finney e Gwen (sua irmã) precisam saber lidar com o pai Terrence (interpretado por Jeremy Davies), que se entregou às bebidas e se tornou completamente ausente na vida dos filhos após perder a mulher. Logo, os irmãos precisam ser presentes um para o outro para “suprir” a ausência do pai.
Histórias de pai/mãe ausente e problemas com bebidas alcoólicas? Nada fora da nossa realidade.
Atuação com Emoção
Mason Thames (Finney) nos entrega uma atuação incrível e nos passa toda agonia e desespero de um garoto sequestrado e com medo de morrer. Ethan Hawke como sempre não decepciona, nos traz um vilão que aterroriza com suas máscaras (com mudanças de humor) e um olhar que nos deixa de perna bamba.
Por um momento lembrei do filme Fragmentado (2016). Tive a sensação que a cada máscara usada (mudanças de humor) Ethan nos entregava vozes diferentes (ou apenas sensações), como se tivesse uma crise interna de personalidade, deixando a atuação mais poderosa ainda.
Falando de atuação, não poderia deixar de falar da pequena Madeleine McGraw, que nós entrega uma GRANDE atuação. Essa garota vem com tudo e mais um pouco, fazendo você rir ou até mesmo chorar (sim, eu chorei). A cena que o Finney acorda com os gritos da irmã mexeu bastante comigo (sem spoilers).
Terror? Talvez Não …
Produzido pela Blumhouse (amo essa produtora), que além deste também produziu títulos como: “Atividade Paranormal”, “Uma Noite de Crime” “O Homem Invisível” dentre outros bem conhecidos. O Telefone nos vendeu um “terror”, porém, veio com um suspense que cria um ambiente tenso, te fazer sentir medo de uma forma diferente, te prende e surpreende com o desfecho.
O filme te deixa aflito sem precisar apelar para vários jumpscares.
Em suma, para os amantes de filmes de suspense, saboreiem essa experiência nos cinemas e depois nos contem o que acharam.
E lembre-se: se o telefone tocar, NÃO desliguem!
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