Patrulha do Destino | Despedida em meio ao caos?
Patrulha do Destino é uma despedida minimamente emocionante apesar do caos.
| Som da Liberdade – Intenso e necessário
Uma equipe de desajustados com super poderes vivendo como uma família e tentando salvar o mundo das ameaças mais loucas que se podem existir. Mantendo-se fiel à sua premissa até o desfecho, Patrulha do Destino transforma o gênero de super-herói em uma espécie de comédia besteirol, incapaz (ou relutante) de ser levada a sério com suas narrativas e personagens, os quais frequentemente não levam a si mesmos a sério.
A proposta se mostrou interessante desde que foram introduzidos na primeira temporada de Titãs, mas a série sucumbe a um niilismo inescapável com isso.
Encerramento
Na última temporada, a Patrulha do Destino enfrenta mais um inimigo insano e ameaçador, porém, como de costume, o derrota de maneira tão bizarra quanto o humor da série. O desfecho do vilão foi ainda mais preguiçosamente desenvolvido, já que a série parece se lembrar apenas no último episódio da necessidade de proporcionar um desfecho aos seus personagens.
E aqui, apresenta-se o modo de forma curiosa. Porque durante quatro temporadas inteiras sem se levar a sério na maior parte do tempo, brincando com seus personagens em situações completamente ridículas. Ou seja, a série ainda assim entrega um desfecho que, analisando isoladamente, é bom e decente. E destoa. Não digo do último episódio como um todo, mas do encerramento do arco de cada um de seus personagens. Parecem enfim ter encontrado paz, cada um a sua maneira. Uma pena que a temporada não soube construir a sua história no mesmo tom para manter o mínimo de coerência em sua narrativa já caótica.
Caos generalizado
Desde entidades imortais até bundas zumbis, a equipe sempre seguiu um código moral, tentando reparar os danos causados por eles mesmos. “Danos” estes que, apesar de abraçarem o ridículo da série, tornaram-se muitas vezes repetitivos e obsoletos.
As escolhas de roteiro permeiam a série, transformando-a em um caos que afeta até mesmo a parte técnica, incluindo os efeitos especiais, os quais nunca receberam um cuidado adequado ao longo das quatro temporadas. Parecendo, visualmente uma série saída do início dos anos 2000. Mas que, por outro lado, consegue se salvar com os efeitos práticos, e outros aspectos como design de produção e figurino. Os quais conseguem agregar uma identidade minimamente crível para a série.
É surpreendente que Patrulha do Destino tenha conseguido chegar a quatro temporadas, dada a sua falta de aproveitamento de conteúdo de uma equipe que claramente o tinha de sobra.
A 4ª e última temporada de Patrulha do Destino já está completa na HBO Max.
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