Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo | Crítica
Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo- A essência de Zack Snyder transbordando no básico.
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Star Wars da Netflix
Zack Snyder traz um filme original Netflix com uma nova mitologia sobre um império galáctico opressivo e a formação de uma resistência que luta por aqueles que mais necessitam.
E não, não se trata de um filme de Star Wars, apesar de ter elementos parecidos. Em termos de qualidade, a franquia Star Wars já é muito bem estabelecida a ponto de fazer sucesso mesmo com filmes medíocres. Rebel Moon provavelmente seria um desses filmes, uma vez que segue uma fórmula já explorada de diversos ângulos por filmes de ação ou de super heróis, desde o modo de formação da equipe até plot twist na história. Nada de novo.
Selo Snyder
O novo filme de Snyder prometeu grandiosidade em sua campanha de marketing e trailers, e isso inegavelmente foi entregue. Apesar de seu claro vício com filmagens em slow motion, as sequências de luta e cenários épicos pedem um olhar mais lento e cauteloso para admirar a cena como um todo. O que é um vício do diretor e, muitas vezes um defeito dele, aqui se mostra como um artifício bem utilizado na maioria das vezes.
Snyder, como diretor, produtor e roteirista do filme, ainda não consegue inovar e correr maiores riscos em suas produções. Desde 300 (2006), todos os seus filmes de super-heróis, e Army of the Dead (2021), seus filmes parecem se repetir em termos de qualidades e defeitos.
Elenco
Sofia Boutella (Kingsman: Serviço Secreto), Michiel Huisman (A Maldição da Residência Hill), Ed Skrein (Alita: Anjo de Combate), Djimon Hounsou (Gladiador), Bae Doona (Sense 8), Charlie Hunnam (Magnatas do Crime), Anthony Hopkins (Meu Pai), Ray Fisher (Liga da Justiça) são os principais nomes do longa-metragem de Snyder. Todos bem aproveitados dentro de seus personagens, mas que também aparentam muito limitados pelos mesmos. É de fato um desafio conseguir trabalhar com um elenco repleto de rostos já muito conhecidos, mais difícil ainda é dar tempo para cada um deles durante o filme.
Assim, é inevitável terminar o longa e ficar com um sentimento de que “faltou algo”, porque de fato falta tempo para mostrar todos a sua devida maneira. Snyder se contenta em mostrar o suficiente dos personagens (e não do elenco) para a sua história.
Um verdadeiro desfile
Apesar de muitas opiniões divergentes do público e crítica acerca desse filme, um fator que deve ser unânime é o figurino. Um desfile fantasioso de moda futurística sem ser caricata, mas também com a identidade das terras visitadas e dos personagens apresentados.
Isso ajuda muito na imersão do telespectador na história. Apesar de outros fatores desconectarem o público (como efeitos especiais que deixam a desejar em algumas cenas enquanto funcionam em outras), o figurino cria a relação dos personagens antes de conhecermos as suas histórias. Um trabalho simplesmente incrível.
Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo já está disponível na Netflix
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