Resident Evil: Bem-vindo a Raccoon City traz fanservice satisfatório

Resident Evil tem milhares de fãs ao redor do mundo, seja pelos games, ou pela franquia de filmes com a atriz Milla Jovovich que divide os fãs. Os que amam e os que odeiam pelo fato de seguir caminhos completamente diferente dos jogos.

Sendo assim, o primeiro filme que adaptou os games dirigido por Paul W.S Anderson, Resident Evil – O Hóspede Maldito teve um orçamento próximo de 33 milhões de dólares. Aproximadamente R$50.736,170,09 (atualizando na inflação atual), diferente do reboot com um orçamento de 25 milhões; investimento baixo que vem adquirindo um hate desnecessário por parte dos fãs.

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Geração mi mi mi?

A cada ano que passa as pessoas estão cada vez mais exigentes. A um ponto onde nada é completamente satisfatório e com isso muitas adaptações acabam sofrendo um hate desnecessário.

Claro, quando somos fãs de um jogo ou livro e temos a notícia de uma adaptação nas telonas, já começamos a criar grandes expectativas para o lançamento, mas será que às vezes não exigimos demais?

A saga Resident Evil lançada anteriormente nos cinemas, deixou a grande maioria dos fãs desapontados pela falta de fidelidade aos jogos da franquia. Com foco total na personagem Alice Abernathy (Milla Jovovich), que não existe nos games. Eu particularmente amo os filmes como um “spin-off” (mesmo alguns sendo muito forçados).

Os “ataques” que Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City é desnecessário, principalmente a forma como os fãs atacaram os atores pela falta de caracterização que eles NÃO TEM CULPA! Até quando os fãs vão continuar sendo sem noção a esse ponto? Não curtiu o trailer? Não curtiu os atores escolhidos?
Simples: NÃO ASSISTA!

Sim, eu acho que ter um filme “100%” fiel a cada jogo da saga vai ser completamente INCRÍVEL, pôr que não falta história e personagens fodas para apreciarmos, mas até que isso aconteça, o mínimo que precisamos ter é o senso. Eu já me decepcionei com algumas adaptações, mas nem por isso saio fazendo discurso de ódio no perfil dos atores.

Não falta fan service …

Mesmo um filme de baixo orçamento, se tem uma coisa que este filme faz que os anteriores a ele não fizeram é entregar uma “bandeja” de fan service trazendo nossa infância a tona, nos lembrando de várias cenas que nos proporcionaram aquele frio na barriga ao jogar Resident Evil.

Ver a mansão do primeiro jogo, a icônica cena do zumbi se virando, foi foda. E não podemos deixar de lado a delegacia que a cada momento nos faz lembrar do segundo jogo, nos entregando vários detalhes.

Mesmo com um orçamento baixo, o filme satisfaz sim na entrega da fidelidade com os jogos, claro que não temos 100% de fidelização, mas o que o filme apresenta é incrível, até mesmo com o CGI fraco que o filme apresenta.

Menos muitas vezes é mais …

Resident Evil: Bem Vindo a Raccoon City peca em querer trazer a história de mais de um jogo em um único filme, deixando assim o desenvolvimento muito rápido e pouco trabalhado, seja na história ou na apresentação de cada personagem.

Deveriam ter investido em um filme para apresentar a história do primeiro jogo e assim ir seguindo, pra não ficar uma “confusão” de personagens, onde temos todos os personagens principais apresentados, mas pela falta de informação e velocidade que as coisas ocorrem, no final não temos nada.

O reboot acerta no fanservice mas peca na história que apresenta, fraca e mal desenvolvida.

Não irei falar sobre a caracterização dos personagens. Sim, eu acho que a direção poderia ter “trabalhado” um pouco mais pra entregar algo mais fiel assim como as cenas dos jogos que tem no filme. Porém, acho que esse ponto não merece o hate que vem recebendo na Internet. O longa me deixou triste pelo desenvolvimento rápido e vago com história. Mas por outro lado fiquei satisfeito e com uma nostalgia gostosa ao lembrar da minha infância.