Troco em Dobro | Crítica | Netflix
Troco em Dobro tem ação, comédia e uma pitada de realidade ao trazer a corrupção infiltrada na justiça.
A Netflix sempre traz uma lista grande de novidades, porém, nem todos os lançamentos satisfazem aos assinantes. Fiquem tranquilos, “Troco em Dobro” não estará na lista dos piores filmes, mas ao mesmo tempo não entra na lista dos melhores.
A trama
Spencer (Mark Wahlberg) é um ex-policial e ex-presidiário que acaba de cumprir sua pena de cinco anos de prisão após agredir o seu superior Boylan (Michael Gaston) devido a não tratativa de um caso policial.
Ao sair do presidiário Spencer está decidido a seguir uma nova vida como motorista de caminhão no Arizona e levar ao seu lado apenas a sua “namorada” Pérola, deixando para trás sua vida antiga, seu amigo Henry (Alan Arkin) e Cissy (Ilza Shlesinger) com quem se relacionava antes se ser preso.
Ponto médio eletrizante
O filme consegue te prender nos acontecimentos e nas situações apresentadas, seja em suas cenas de ação ou nos picos de comédia que o longa apresenta.
“Troco em Dobro” segue uma cronologia degustativa com os fatos que acontecem no presente e com coisas que ocorreram no passado, e no final tudo acaba tendo ligação sem deixar nenhuma ponta solta. A história se desenvolve em um ritmo legal e mantém o equilíbrio de tudo o que é apresentado sem deixar o filme se tornar maçante em suas quase duas horas de duração.
Temos ação e picos de comédia que são apresentados na quantidade certa para não perder o foco do filme e dentre os dois gêneros apresentados aos atenciosos de plantão é possível pegar referência ao filme Falcão (protagonizado por Sylvester Stallone em 1987) quando Spencer decide seguir uma vida caminhoneiro e em uma cena do clímax do filme temos um clima deserto, um falcão aparece em destaque trazendo uma pitada de drama e logo surge um caminhão botando pra quebrar e também referências ao Batman (uma das cenas mais engraçadas).
Em certo momento Cissy ao analisar a situação diz que Spencer está agindo como o Batman levando para as loucuras o Hawk (Robin) e que Henry seria o Alfred.
Justiça X Corrupção
Sem pensar duas vezes, Spencer está cada mais envolvido com os ocorridos e a sua sede por justiça é grande. Com isso acaba envolvendo seu amigo Henry e o inquilino Hawk (Winston Duke), um ex-presidiário que está querendo se reerguer através do boxe.
Spencer (Wahlberg) é Hawk (Duke) é uma dupla que dá certo mesmo os personagens tendo suas diferenças, e no final o motivo pela busca de vingança acaba cruzando o caminho dos dois, eles conseguem te envolver nas cenas de ações e te fazem rir nos momentos engraçados que são apresentados em meio a tiro, porrada e “bomba”.
Infelizmente na vida real nem todos que são presos injustamente seja policial ou não, muitos não consegue sair da prisão tão cedo e às vezes nem vivos, em muitos lugares a justiça não é feita da forma correta, não é mesmo?
Vale a pena?
Como informei no início, ele não entra para lista de melhores filmes, mas também não entra para os piores. Não sou muito fã do gênero “ação”, mas ao final da sessão sai satisfeito com o resultado.
Já fui muitas vezes ao cinema assistir a filmes que me arrependi de ter pago cada centavo no ingresso, esse não seria um deles. Não temos algo extraordinário, mas temos um filme que entretém à sua maneira e consegue finalizar o que começa de forma eficaz.