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Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa é INCRÍVEL!

Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa é o maior filme-evento da história do cinema e mostra que está à altura do hype que criou.

Desde as primeiras especulações à respeito da abordagem do longa Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, o hype veio com força e aumentou com o passar do tempo e com a vinda de mais teorias e supostos vazamentos. Tudo isso não só pelo filme em si como pela possibilidade de termos de volta os antigos intérpretes do amigão-da-vizinhança. (Tobey Maguire e Andrew Garfield).

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Na trama, após o vilão Mistério (Jake Gyllenhaal) revelar ao mundo que a identidade secreta do Homem-Aranha é Peter Parker (Tom Holland), a vida do herói vira de cabeça para baixo com o assédio de fãs e o ataque massivo de haters que afetam não só ele como, é claro, seus amigos e sua tia May (Marisa Tomei).

Então Peter pede ajuda ao Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) para que ele faça um feitiço para que todos esqueçam que Peter Parker é o Homem-Aranha. O Dr. Estranho acaba errando o feitiço e racha o multiverso, trazendo para a realidade deles vilões de outras realidades.

O filme já começa inspirado, mostrando Peter fugindo com MJ (Zendaya) do povo de Nova York alvoroçado com a revelação da identidade do teioso. Uma sequência ágil e bem dirigida. E então passamos a acompanhar a rotina do Peter e das pessoas ao seu redor lidando com a revelação. O filme permanece ágil e aqui temos que parabenizar a montagem por ser clara em exprimir o roteiro queria significar.

Homem-Aranha Sem Volta pra Casa - Critica - Pipocando Noticias

E o multiverso começa …

Até o momento em que chega o Dr. Octopus (Alfred Molina), o filme parece uma simples continuação dos demais filmes do Homem-Aranha do Tom Holland tanto em clima como roteiro. À partir da chegada do vilão, o filme já parte imediatamente para um tom mais grandioso. Cada segundo nos mostra que o filme vai muito além do que podemos imaginar, também por causa da nostalgia de quem acompanhou as demais versões de Homem-Aranha.

O uniforme do Peter muda. Os vilões vão se apresentando um depois do outro e o filme começa a responder às questões que mais matutavam a nossa mente como, por exemplo, como eles colocariam tantos vilões sem deixar o filme bagunçado. E aqui vai mais um mérito para os roteiristas quando escolhem o caminho da simplicidade e da plena ciência do quão estranho são aqueles eventos. As respostas dos momentos em que os vilões foram teletransportados de um universo para o outro é pé no chão e a plausibilidade é acompanhada pela interessante interação entre os vilões.

E tudo está INCRÍVEL!

Willem Dafoe começa a brilhar pois a direção de Jon Watss; mais uma vez cumpre o seu papel e consegue exprimir todo o potencial do Duende Verde e seu intérprete. Esse brilhantismo que faz o filme virar de cabeça para baixo deixando de ser um filme bem executado e leve acompanhado de referências nostálgicas e passa a ser o filme que os fãs tanto sonharam. A chave dessa virada vem na forma de um surpreendente drama; que abre as portas para Tom Holland brilhar numa atuação que os demais filmes nunca o permitiram exprimir.

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São vinte anos, dezenas de filmes e mais algumas séries para que o espectador consiga absorver com totalidade todo o peso dos eventos de Homem-Aranha Sem Volta para Casa e isso já era esperado, a grande dúvida seria quanto se a execução do filme estaria ou não à altura do hype proeminente mais dos acontecimentos fora do filme do que dentro.

E com certeza a execução está à altura.

Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa acerta em cheio

Vingadores: Ultimato foi o maior filme de todos os tempos em questão de peso para história do cinema em seu tempo, mas considerando a quantidade de tempo, dinheiro envolvendo a parceria de duas empresas bilionárias e as demais questões fora do set, Homem-Aranha supera Vingadores.

E não estou falando nem de decisões dentro do filme, que muitas vezes deixam de lado oportunidades grandiosas de serem épicas e optam pela simplicidade absoluta. E isso não é um erro, mas sim uma decisão madura. Veja bem: Alguns acontecimentos não precisam ocorrer da forma mais épica possível para serem épicos. E esses tendem a ser os mais grandiosos. Dando um exemplo mais prático: Imagine um ator desconhecido fazendo uma cena muito bem trabalhada de ação.

Agora imagine um ator de primeiro escalão fazendo uma pequena e rápida participação especial numa série que todo mundo sempre sonhou que ele participaria. Sem dúvida a segunda hipótese é a mais marcante. Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa é grandioso sem precisar parecer grandioso. E isso combina muito com a essência do Cabeça-de-Teia que é o maior herói dos quadrinhos e ao mesmo tempo o amigão da vizinhança.

O longa opta por ser econômico quando poderia ser estrondoso e vai pelo caminho mais simples e particularmente surpreendente ao colocar dinâmicas e diálogos que os fãs sempre sonharam. Considerando a quantidade de fan services nesse filme é como se, em muitos momentos, os próprios fãs estivessem escrevendo o roteiro. Porém, o que a grandiosidade menos explosiva tem de econômica, a quantidade de tempo de personagens fazendo o que os fãs sempre sonharam compensa.

Todo o hype valeu a pena

Mas não se engane, quando o filme finalmente assume seu caráter épico ele não decepciona. Embora não explore demais esse lado simplesmente por não precisar. Ele cumpre o seu papel sem excessos. E essa é uma das minhas poucas ressalvas a esse filme: admiro a sobriedade do roteiro, mas quando ele decide entregar momentos de êxtase, não sobe a escala como poderia e ainda pouco se preocupa com detalhes.

A Marvel, consciente do peso do que mostraria, permitiu-se erros óbvios como CGIs mal executados evidentes – como personagens uniformizados cujos traços não correspondem com quem os usa na realidade – e furos de roteiro gritante como personagens parecerem ter o conhecimento de algo que não deveriam ou escalas de poder que parecem não fazer sentido. Neste último me refiro a personagens se enfrentando e o fim do embate termina com uma vitória que claramente não deveria ocorrer. Acrescento defeitos como personagens sumindo apenas para que outros brilhassem mais, sem uma justificativa plausível. Mas muita coisa estrondosa seria deixada de lado se o roteiro tivesse menos falhas. Os fins, neste caso, justificaram os meios.

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa é, para história do cinema, o maior evento de todos os tempos, demonstra decisões maduras e todo e qualquer defeito torna-se invisível comparado à grandiosidade da produção e principalmente comparado à quantidade de gols de placa executados para de agradar aos fãs.

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